segunda-feira, 28 de maio de 2018

Poluição nas Praias de Piúma

Praia suja atrai urubus e afasta turistas em Piúma, ES

Leitora do G1 que registrou vídeo tem casa, há 5 anos, na Praia Doce.
Prefeitura diz que licitação concluída vai permitir limpeza constante.




A leitora do G1 Dilene Celeste de Oliveira, de 57 anos, registrou em vídeo a situação da Praia Doce no município de Piúma, no Sul do Espírito Santo. Apesar de residir em Muriaé, Minas Gerais, a vendedora explicou que, por conta da profissão, sempre permanece quinze dias do mês na cidade capixaba, o que permite que ela participe da realidade dos moradores que reclamam da situação. As imagens foram registradas há cerca de um mês, mas a leitora afirmou que nada ainda mudou.
Dilene contou que possui uma casa próxima à praia suja e que o que era para ser um cenário turístico, acabou sendo local evitado pelas pessoas. "Quem passa pela prainha encontra muito lixo, mau cheiro e urubus. Ninguém vai lá. Tem cinco anos que tenho casa em Piúma e me deparo com a mesma situação. Além disso, em volta da praia o mato está crescendo muito e bichos, como cobras, estão invadindo as casas", disse.
A vendedora ainda explicou que os vizinhos e ela já reclamara com a prefeitura, pedindo melhorias, mas nada foi feito. "De vez em quando passam uma máquina lá e limpa um pouco, mas daqui a pouco volta tudo. Ouvimos falar que existia uma verba para mudar a situação da prainha, mas nada foi feito", falou.
Nota da Redação:A Prefeitura de Piúma informou que está ciente do problema de limpeza na Praia Doce e comunicou que já estão sendo feitos esforços, unindo a Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Obras, para que juntas elas possam manter a praia em boas condições de uso.
A prefeitura ainda deixou claro que uma limpeza manual será definida nos próximos dias, para a retirada da sujeira, que em sua é maioria material orgânico, porém trata-se de uma limpeza paliativa, mais completa, só com equipamentos adequados, para não agredir o meio ambiente. Esses equipamentos já foram solicitados através de licitação, que já está em andamento por meio da Secretaria de Obras. Assim que esta licitação for concluída, o que não deve ser feito antes do prazo de 60 dias, a prefeitura terá ferramentas que vão possibilitar uma praia limpa constantemente.


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segunda-feira, 21 de maio de 2018

Hipótese Heterotrófica

Antes de sabermos o que a hipótese heterotrófica defende, é importante entendermos qual a diferença entre seres autótrofos e seres heterótrofos. Os seres autótrofossão aqueles que conseguem produzir o próprio alimento, como os vegetais através da fotossíntese, algumas bactérias através da quimiossíntese etc. Os seres autótrofos, chamados por alguns de autotróficos, são a base da cadeia alimentar. Já os seres heterótrofos são aqueles que não conseguem produzir o próprio alimento, como por exemplo os animais. Eles são os consumidores de uma cadeia alimentar e têm nos produtores a sua fonte de alimento. 
A hipótese heterotrófica é considerada como sendo a hipótese que melhor explica a origem da vida na superfície terrestre. Atualmente, ela é bastante aceita pela maioria dos estudiosos. Essa hipótese defende o fato de que os organismos primitivos eram demasiadamente primitivos e não possuíam mecanismos suficientes para produzirem seu próprio alimento. Em razão disso, os defensores dessa hipótese argumentam que os primeiros seres eram heterótrofos e se alimentavam de substâncias orgânicas que estavam disponíveis no meio. Segundo essa hipótese, a energia obtida por esses seres era proveniente de um processo muito simples, semelhante à fermentação.
Ainda segundo essa hipótese, com a passagem do tempo, o número de seres heterótrofos aumentou substancialmente, tornando o alimento escasso. Isso fez com que os seres vivos passassem por um processo de evolução, tornando-se capazes de produzirem o próprio alimento, surgindo assim, seres vivos autótrofos, ou seja, capazes de produzirem o próprio alimento. Estudiosos acreditam que antes do alimento se tornar raro, alguns seres vivos eram evoluídos o bastante a ponto de conseguirem captar a energia luminosa empregando-a na obtenção de energia.


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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Abiogênese e Biogênese

A abiogênese e biogênese são duas teorias formuladas para explicar a origem da vida na Terra.
A questão de como surgiu a vida na Terra sempre intrigou os cientistas. Para responder a essa pergunta, eles formularam hipóteses e realizam diversos tipos de experimentos.
A teoria da abiogênese foi a primeira a surgir, ela descrevia que a vida surgia de forma espontânea.
Os cientistas defensores da abiogênese acreditavam que a vida podia surgir espontaneamente. Por exemplo, os cisnes surgiam de folhas que caíam nos lagos e os ratos surgiam de roupas sujas e úmidas misturadas com sementes de trigo.
Apesar de hoje parecer uma teoria absurda, a abiogênese foi por muito tempo aceita para explicar a origem dos seres vivos.
Alguns cientistas da época também não acreditavam que a vida podia surgir espontaneamente. Assim, surgiu a teoria da biogênese, a qual afirmava que todas as formas de vida só poderiam ser originadas a partir de outras preexistentes.

Diferenças entre Abiogênese e Biogênese

A abiogênese e biogênese são duas teorias opostas para explicar o surgimento da vida.
Saiba o que é cada uma delas e as suas diferenças:
  • Abiogênese: Os seres vivos eram originados a partir de uma matéria bruta sem vida. Teoria derrubada através de experimentos.
  • Biogênese: Os seres vivos são originados a partir de outros seres vivos preexistentes. Atualmente aceita para explicar o surgimento dos seres vivos.

Abiogênese x Biogênese

Diversos cientistas testaram as teorias da abiogênese e biogênese através de experimentos.
Em 1668, o médico e cientista italiano Francesco Redi realizou um experimento colocando cadáveres de animais em frascos com bocas largas. Desses, alguns foram vedados com uma gaze fina e outros deixados abertos.
Após alguns dias, ele observou que nos frascos abertos surgiram vermes. Enquanto nos frascos fechados não haviam vermes.

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Redi concluiu que o fato das moscas não poderem entrar nos frascos fechados impediu o surgimento de vermes. As moscas seriam as responsáveis pelo surgimento dos vermes. Com o experimento de Redi, a abiogênese começou a perder credibilidade.
Em 1745, John Needham realizou um experimento que voltou a reforçar a teoria da Abiogênese.
Ele aqueceu caldos nutritivos em frascos que foram fechados e novamente aquecidos. A sua intenção era impedir a entrada e proliferação de microrganismos. Com os dias, os microrganismos surgiram nos frascos e Needham concluiu que seu experimento foi resultado da abiogênese.
Em 1770, Lazzaro Spallanzani afirmou que Needham não aqueceu o caldo nutritivo por tempo suficiente para destruir as bactérias. Para comprovar que estava com a razão, Spallanzani realizou o mesmo experimento de Needham. Porém, ele aqueceu o caldo por mais tempo. O resultado foi que não apareceram bactérias.
Mais uma vez a teoria da abiogênese perdia a credibilidade.
Em 1862, a teoria da abiogênese foi derrubada definitivamente por Louis Pasteur.
Pasteur realizou experimentos com caldos nutritivos em balões do tipo pescoço de cisne. Após ferver o caldo, o pescoço do balão era quebrado e surgiam microrganismos. Em balões sem o pescoço quebrado, os microrganismos não apareciam.
Pasteur provou que a fervura não destruía nenhum tipo de "força ativa". Além disso, bastava quebrar o pescoço do balão para que os microrganismos surgissem, através do contato com o ar.
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Vídeo sobre o assunto:
https://www.youtube.com/watch?v=EjyH5MkGdPY

segunda-feira, 7 de maio de 2018

ORIGEM DA VIDA

A origem da vida é explicada por várias teorias.
A primeira tentativa foi puramente religiosa, a criação especial. Até hoje é aceita por fiéis de várias religiões.
Outra teoria, explica a possibilidade da origem extraterrestre, onde os seres vivos foram trazidos de outros planetas.

Geração Espontânea ou Abiogênese

A teoria da geração espontânea ou abiogênese admite, em essência, o aparecimento dos seres vivos a partir da matéria bruta de maneira contínua. Essa hipótese surgiu com Aristóteles, há mais de 2 000 anos.
Para Aristóteles e seus seguidores, a matéria bruta apresentava um “princípio ativo” responsável pela formação dos seres vivos quando as condições do meio fossem favoráveis.
O princípio ativo era o grande responsável pelo desenvolvimento de um novo organismo. A ideia da geração espontânea constituía a melhor forma de explicar as larvas que surgiam na carne crua exposta ao ar livre e de girinos que surgiam em poças de água

Teoria da Biogênese

Vários cientistas provaram que um ser vivo só se origina de outro ser vivo e contestaram a abiogênese. Francesco Redi, médico e biólogo de Florença, por volta de 1660, começou a questionar a teoria da abiogênese.
Para isso, colocou pedaços de carne crua dentro de frascos, deixando alguns abertos.
Depois de vários dias, as larvas só apareceram na carne do frasco aberto. Redi observou que as moscas colocavam ovos sobre a carne e concluiu que a geração espontânea não tinha validade.
Com a invenção do microscópio, o mundo dos microrganismos foi revelado, empolgando os adeptos da geração espontânea e da biogênese, que buscavam a explicação para a origem desses seres vivos.

Experiência de Pasteur

Por volta de 1860, o cientista francês Louis Pasteur conseguiu provar definitivamente que os seres vivos originam-se de outros seres vivos.
Ele realizou experimentos com balões do tipo pescoço de cisne, que mostrou que um líquido ao ser fervido, não perde a chamada "força vital", como defendiam os adeptos da abiogênese, pois quando o pescoço do balão é quebrado, após a fervura do líquido, há o aparecimento dos seres vivos.
A partir dos experimentos de Pasteur, a teoria da biogênese passou a ter aceitação nos meios científicos.

Origem da vida na Terra

Acredita-se que toda a matéria que compõe o Universo atual estivesse comprimida em uma esfera extremamente pequena, que teria explodido, expandindo a matéria e formado de uma só vez todo o Universo.
Essa grande explosão é denominada Big-Bang. Após o Big-Bang e a partir da matéria proveniente dele, teria surgido o nosso Sistema Solar.
A vida teria surgido da matéria inanimada, com associações entre as moléculas, formando substâncias cada vez mais complexas, que acabaram se organizando de tal modo a formar os primeiros seres vivos.
Essa hipótese foi inicialmente levantada, na década de 20, pelos cientistas Oparim e Haldane e vem sendo apoiada por outros pesquisadores.

As primeiras células

Acredita-se que o primeiro ser vivo, ou seja, a primeira célula, tenha surgido há cerca de 3,5 bilhões de anos.
Essas células tinham estrutura e funcionamento muito simples, sendo formadas por uma membrana plasmática delimitando um citoplasma, no qual estavam presentes as moléculas de ácidos nucleicos.
Esses formavam uma estrutura denominada nucleoide. Células assim organizadas são denominadas células procariotas e os organismos que as apresentam são os procariontes.
Na Terra atual existem organismos descendentes dessas primeiras células: são as bactérias e as algas azuis ou cianobactérias.
A partir dos procariontes anaeróbicos ancestrais, teriam derivado também os organismos com estruturas celulares mais complexas: os eucariontes. Esses apresentam as células chamadas eucariotas.
O surgimento dos eucariontes deve ter ocorrido há cerca de 1,5 bilhões de anos. A maior parte dos organismos que vivem atualmente na Terra apresentam células eucariotas.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Psicopatia: como identificar um comportamento psicopata

A psicopatia está entre os  distúrbios mentais  mais difíceis de diagnosticar e detectar. O psicopata pode parecer normal e bonito mesmo encantador. No entanto, ao psicopata a falta de consciência e empatia, tornando-o manipulador, volátil e muitas vezes (mas não é sempre) criminoso. Este distúrbio é um objeto de fascínio popular e angustiado clínico: uma psicopatia adulta é amplamente impermeável ao tratamento, embora existam programas para a transformação de jovens com e sem motivação na esperança de impedir que eles se transformem em psicopatas.

Sociopatia x Psicopatia

Muitos psicólogos forenses, psiquiatras e criminologistas usam os termos sociopata e psicopata de forma intercambiável. Os principais tópicos são discordar sobre as diferenças entre as duas condições. Há muitas diferenças e mais entre elas.  
A quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (DSM-5), divulgação da Associação Americana de Psiquiatria em 2013, lista tanto sociopatia quanto psicopática sob o título de Transtorno de Personalidade Anti-social. Esses distúrbios compartilham muitos traços de comportamentos comuns que levam à confusão entre eles. Os traços-chave que as sociopatas e os psicopatas têm em comum incluem:
  • Um desrespeito pelas leis e costumes sociais;
  • Um desrespeito pelos direitos dos outros;
  • A falta de remorso ou culpa;
  • Uma tendência para o comportamento violento;
Além disso, as sociopatas e os psicopatas são responsáveis ​​pelos comportamentos comportamentais únicos.

Sociopatas

As sociopatas tendem a estar nervosos e facilmente agitados. Eles são voláteis e propensos a explosões emocionais, incluindo ataques de raiva. É possível que não sejam educados e vivam as margens da sociedade, incapazes de manter um emprego estável ou ficar em um lugar por muito tempo. É difícil, mas não é impossível para os sociopatas formar grupos com os outros. Muitos sociopatas podem formar um conjunto de ações ou grupos, embora não tenham sido incluídos em uma sociedade em geral ou suas regras. Nos olhos dos outros, os sociopatas parecerão muito perturbados. Qualquer crime cometido por um sociopata, incluindo o assassinato, um homem casual, desorganizado e espontâneo, em vez de planejado.

Psicopatas

Os psicopatas, por outro lado, são incapazes de formar vínculos emocionais ou sentirem-se empatados com os outros, enquanto eles têm muitas personalidades sedutoras ou mesmo charmosas. Os psicopatas são muito manipuladores e podem facilmente exportar uma confiança das pessoas. Eles aprendem a imitar como emoções, como a incapacidade de sentir-se e a afinidade em pessoas desavisadas. Os psicopatas são muitas vezes bem educados e são mais vagáveis ​​estáveis. A chance e a capacidade de processar, anular e suspender os relacionamentos de longo prazo, sem ser que eles têm um interesse por sua própria natureza.

Comportamentos observados em Psicopatas

Boa lábia

O psicopata é bem articulado e ótimo marketeiro pessoal. Como um ator em cena, conquistando a bajulando e contando as histórias de mirabolantes de si. Comédia de palavras difíceis, se passa por sociólogo, médico, filósofo, escritor, artista ou advogado.

Ego inflado

Ele é o cara mais importante do mundo. Seguro de si, cheio de opinião, dominador. Adora ter poder sobre as pessoas e as atitudes que nenhum palpite vale tanto quanto suas ideias. 

Mentiroso patológico

Mente que as vezes não é uma conta de que está mentindo. Tem o orgulho de sua capacidade de fazer. Para o, o mundo é feito de caças e predadores, e não é o sentido não se aproveitar da boa-fé dos mais fracos. 

Sede por adrenalina

Não tolera monotonia, e dificilmente fica encostado num trabalho repetitivo ou num casamento. Precisa viver da navalha, quebrando regras. Alguns se aventuram em rachas, outros nas drogas, e uma minoria, sem crime. 

Reação estourada

Reage desproporcionalmente a um insulto, frustração e ameaça. Mas o que pode ser tão rápido quanto vem, e o logo volta a se tornar uma pessoa tão bem sucedida?

Impulsividade

Ritual, não perde tempo pesando prós e contras antes de agir. Se estiver com vontade de algo, vai lá e conserve os obstáculos do caminho. Se passar a vontade, larga tudo. Seu plano é o dia de hoje. 

Comportamento Antissocial

Regras sociais não fazem sentido para quem é movido somente pelo prazer, indiferente ao próximo. Os que são criminosos em geral não têm vantagem: gostam de assistir todo tipo de crime. 

Ausência de culpa

Por onde passa, deixa bolsos vazios e corações partidos. Mas por que se sentir mal se o dor é outro, e não dele? Para o psicopata, a culpa é apenas um mecanismo para controle como pessoas. 

Sentimentos superficiais

Emoção existe em palavras. Se namorar, será pelo tesão e pelo poder sobre o outro, não por amor. Se perder um amigo, não ficar triste, mas frustrado por ter uma fonte de favores a menos.

Falta de empatia

Não é possível se colocar no lugar do próximo. Para o psicopata, pessoas não são mais que objetos para usar para seu próprio prazer. Não ama: se chegar a casar-se aos filhos, vai ter uma família como posse, não como entes queridos. 

Irresponsabilidade

Compromisso não lhe diz nada - é um ser mau funcionário, amante infiel e pai relapso. Porém, como a família e os amigos são fonte de status e bens materiais, para cada mancada já tem uma pronta pronta: “Eu mudei. Isso nunca vai acontecer de novo ”.

Má conduta na infância

Os problemas aparecem cedo. Já começa a roubar, usar drogas, matar aulas e ter sucesso entre 10 e 12 anos. Para sua maldade, não poupa coleguinhas, irmãos nem animais.

Como identificar uma Psicopatia

Quando falamos de psicopatia, estamos falando de um espectro. Ela pode ser identificada ou diagnosticada através da utilização de uma lista de verificação de 20 itens, desenvolvida por um psicólogo canadense chamado Robert D. Hare. Hare é especialista em psicologia criminal e psicopatia, tendo escrito obras importantes como “Psicologia das Investigações Criminais”. De acordo com o checklist idealizado por Hare, o limiar para a psicopatia clínica é feito através de uma pontuação de 30 ou mais. A anatomia do cérebro, o gene eo ambiente de uma pessoa podem contribuir para o desenvolvimento de traços psicopáticos.

Escala de Robert Hare

Uma escala de Robert Hare é uma lista de verificação para psicopatia, também chamada de Escala de Lebre. No teste, o termo psicológico e a classificação em 20 critérios, como “promíscuo sexual” ou “impulsividade”. Em cada critério, o tema é classificado em uma escala de 3 pontos: (0 item não se aplica, 1 = item se aplica um pouco, 2 = item ideal se aplica). As pontuações são somadas para criar uma classificação de zero a 40 pontos.
Em 1991 criou o método de avaliação para diagnosticar os graus de psicopatia de uma pessoa e identificou os critérios hoje universalmente aceitos para diagnosticar os portadores de transtorno de personalidade. Ele foi desenhado para ser capaz de manter segura e objetiva o grau de periculosidade e de adaptação à vida comunitária de condenados, e os países que sofreram o índice de redução da criminalidade. Escala Hare PCL-R (Psycopathy Checklist Revised) foi traduzida e validada no Brasil.

O teste

O teste é seguido para o seu grau de psicopatia. Este teste foi baseado em Escala de Robert Hare, o maior especialista no assunto. Esta escala é usada por psiquiatras, portanto, tente respondê-la como você realmente é, porque o caso é contrário o resultado pode não ser agradável.
  1. Você tem “excesso de brilho” ou charme superficial
  2. Você tem um excesso de autoestima
  3. Você precisa da estimulação constante, não gosta da monotonia e tem propensão ao tédio
  4. Você é um mentiroso patológico, dos que sentem orgulho de pessoas
  5. Você está sempre manipulando
  6. Você apresenta total falta de remorso ou culpa
  7. Você possui “afeto superficial” ou “sentimentos superficiais”
  8. Você é insensível ou possui falta de empatia
  9. Você tem um estilo de vida parasita, está sempre tirando o dos outros
  10. Você tem grande dificuldade em controlar suas atitudes
  11. Você tem um histórico de comportamento sexual?
  12. Você tem um histórico de problemas comportamentais na infância
  13. Você não possui objetivos reais de longo prazo
  14. Você é excessivamente impulsivo
  15. Você tem um alto nível de irresponsabilidade
  16. Você não assume a responsabilidade por suas ações, coloca sempre uma culpa em outras pessoas.
  17. Aconselhamos que “conjugais” de curto prazo
  18. Você tem um histórico de delinquência juvenil
  19. Já experimentou uma revogação de liberdade condicional
  20. Você exibe “versatilidade criminal”

Resultado

Se você recebeu mais de 30 pontos, então você pode ser um psicopata. Você classificou menos do que isso, respire. Você é normal!

A Psicopatia nas telas

Mindhunter, série original Netflix, que traz um último mês de outubro, traz uma psicopatia para as telas mais uma vez. O seriado, that se passa no final da década de 1970, mostra dois agentes do FBI investigando uma mente de assassinos em série e psicopatas.

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Entre 1970 e 1980, os crimes cometidos contra os crimes violentos nos Estados Unidos passaram a ser objeto de estudo do FBI, que buscava o entendimento dos gatilhos e motivações dos criminosos. O material coletado pelo trabalho de ativação dos agentes especiais foi o principal causador da violência psicológica no mundo, que deu origem ao livro  : “O Primeiro Caçador de Serial Killers Americano”  (publicado no Brasil pela Intrínseca).
No passado, os filmes como  Seven  (1995), Hannibal (2001) e  Os Homens que Não Amavam as Mulheres  (2011) também apresentaram o comportamento de psicopatas e assassinos em série. E quem não se lembra do personagem Coringa, originado nos quadrinhos do Batman?  
Psicopatia Hannibal lecter
Hannibal Lecter é um personagem célebre interpretado por Anthony Hopkins


Fonte: https://www.vittude.com/blog/psicopatia-como-identificar-um-psicopata/

segunda-feira, 23 de abril de 2018

O cérebro de um psicopata

A psicopatia ou transtorno de personalidade antissocial é um dos transtornos mais devastadores que existem. Seu prejuízo se direciona, sobretudo, aos que estão próximos e que são alvos do psicopata. Seu comportamento caracteriza-se principalmente por uma propensão à desinibição, comportamento impulsivo somado à insensibilidade emocional e não percepção das consequências de seu comportamento sobre outros indivíduos (Checkley, 1941).

Uma conclusão um tanto pessimista a qual vários estudos vem chegado é que o quadro não é revertido nem atenuado através do engajamento em terapia. Muitas vezes, ainda, os psicopatas podem se valer do discurso aprendido com o terapeuta para incrementar ainda mais suas mentiras e engodos (Garrido, 1995; Seto, 1999).
Isso indica que a necessidade de estudos na área é grande, já que a elucidação do funcionamento e das causas da psicopatia ainda não estão claros o bastante. Nesse panorama, pensando em outros transtornos também, os estudos neurológicos possibilitados pela atual tecnologia vem acrescentando muito ao corpo teórico de psicólogos e psiquiatras.

A biologia do psicopata

Esses estudos vem sugerindo que a psicopatia, de fato, possui um substrato neural caraterístico (Blair, 2006; Kiehl, 2006) e também um forte componente hereditário (Larsson, 2006).
Os estudos do cérebro desses sujeitos antissociais acrescentam muito aos modelos teóricos que explicam o transtorno, mas mesmo com essas evidências, a complexidade delas acaba guiando os estudos a várias conclusões diferentes – e complementares em muitos casos – sobre a sua causa. Entre as inúmeras teorias, destacarei as dos já citados Blair e Kiehl (Para ter um panorama geral dos outros modelos, ver Anderson & Kiehl, 2012).

A participação da amígdala

Blair enfatiza bastante a participação da amígdala no comportamento. Esta é uma estrutura que se localiza no sistema límbico do cérebro, área mais antiga evolutivamente falando e que se relaciona com respostas bem primitivas do organismo, no que tange à sobrevivência.
Como já foi mencionado em outros artigos no Ibralc, o medo é uma emoção intimamente ligada à essa região, relacionando-se às respostas do organismo frente a estímulos ambientais ameaçadores. Também está relacionada à expressão de outras emoções.
amígdalas em vermelho
Exames de ressonância magnética funcional (fMRI, na sigla em inglês) vêm mostrando que realmente há um funcionamento anormal na hemodinâmica da amígdala (Kiehl, 2001). Ao que tudo indica, a estrutura no cérebro dos psicopatas funciona diferente numa série de situações.
Foi relatado, por exemplo, num estudo, que a amígdala possui uma ativação muito inferior ao nível normal quando esses indivíduos visualizam imagens que indicam violação de regras morais (Harenski, 2010) ou mesmo de imagens chocantes, como amputações (Harenski, 2009).
No que concerne às expressões faciais, o mesmo ocorre. Num estudo de 2009, por exemplo, Dolan demonstrou que, através da fMRI, indivíduos que se encaixam no critério para a psicopatia revelam uma expressão amigdalítica muito mais baixa que a do grupo controle ao observar expressões faciais de medo.
Boccardi (2011) ano passado teve um estudo publicado, no qual encontrou indícios de que essa baixa expressão da estrutura estaria relacionada à reduzidos níveis de massa cinzenta no local; em outras palavras, a região basolateral da estrutura teria um tamanho significativamente diminuído nos indivíduos estudados, o que resultava em déficits em seu funcionamento.
O curioso – e coerente com outros estudos na área – é que o núcleo basolateral é exatamente a área que mantém conexões com o córtex orbitofrontal, no córtex pré-frontal. Estima-se, atualmente, que a interação entre as duas áreas esteja relacionada à “atualização” do reforço de certos comportamentos relacionados à detecção de ameaças (Phelps & LeDoux, 2005).

O córtex pré-frontal – O que nos torna humanos

Outra área que tem destaque na condição da psicopatia é o córtex pré-frontal. Essa região localiza-se bem atrás da nossa testa e olhos, e está relacionada à uma diversidade de comportamentos tipicamente humanos: tomada de decisão, controle de impulsos (e emoções), racionalidade (apesar de não ser somente essa região ativadas nesses momentos) e etc.
Antes de ferramentas de alta tecnologia serem disponibilizadas para experimentos científicos, já cogitava-se fortemente a hipótese de esse local estar relacionado aos comportamentos dos psicopatas pelo fato de lesões resultarem em comportamentos impulsivos semelhantes aos desses indivíduos (Anderson et al, 2000).
Um caso clássico na literatura médica é o do mineiro Phineas Gage, que ao socar uma barra de ferro contra um buraco cheio de pedras e pólvora – era assim que se abriam minas para se explorar metais preciosos e carvão, no século XIX –  teve a ferramenta arremessada contra seu rosto, perfurando um dos olhos e o córtex pre-frontal, consequentemente.
Córtex pré-frontal destacado
A partir desse dia, Gage nunca mais foi o mesmo. De trabalhador exemplar em comportamento, disciplina e eficiência, passou a ser preguiçoso, relaxado, desbocado e desrespeitoso. Na vida conjugal, de marido fiel e atencioso, virou um relapso parceiro, que traía a esposa e dava em cima de todas as mulheres que via.
Podemos dizer com alto grau de certeza que a lesão prejudicou a capacidade de inibir impulso, tornando o homem alguém totalmente diferente do que era antes. E é exatamente esse o comportamento típico dos psicopatas, apesar de haver um espectro nos níveis de falta de controle sobre os impulsos, claro.
De forma muito interessante, um estudo Koenigs e seus colegas, em 2007, revelou que uma área específica do córtex pré-frontal está especialmente afetada no transtorno: a porção ventromedial. Essa região, segundo o estudo, está relacionada com as decisões morais utilitaristas (Bentham, 2004).   
De forma simplificada, essa filosofia moral baseia-se na princípio de que qualquer ato moral deve ser definido como tal baseado na consequência do mesmo, isto é, sacrificando um em nome de dois, por exemplo. E essa moralidade fria e calculista está bem presente na mentalidade dos psicopatas, bem mais racionais que “emotivos”, digamos assim.
Nesse momento, o leitor deve estar se perguntando: “Mas por que essas informações são importantes? Para que servem?” Bom, primeiramente, eu diria que essa é uma pergunta comum, mas que não leva em conta o fato de que um conhecimento aparentemente inútil hoje pode ser básico amanhã.
Mas, nem de longe essas informações são inúteis. Como já dei dicas ao longo do texto, tais trabalhos ajudam a compor o corpo teórico e experimental fundamental para a melhor compreensão da psicopatia e, consequentemente, chegarmos mais perto de uma intervenção terapêutica efetiva.
Por outro lado, ainda, podemos mais uma vez nos maravilharmos com a complexidade do comportamento humano e com o inescapável diálogo entre biologia e ontogênese, que é essencial para compreendermos de forma rica como se dá a linguagem não-verbal, principalmente no que concerne às expressões faciais.


https://www.youtube.com/watch?v=T1zg5qeLu-4