segunda-feira, 30 de abril de 2018

Psicopatia: como identificar um comportamento psicopata

A psicopatia está entre os  distúrbios mentais  mais difíceis de diagnosticar e detectar. O psicopata pode parecer normal e bonito mesmo encantador. No entanto, ao psicopata a falta de consciência e empatia, tornando-o manipulador, volátil e muitas vezes (mas não é sempre) criminoso. Este distúrbio é um objeto de fascínio popular e angustiado clínico: uma psicopatia adulta é amplamente impermeável ao tratamento, embora existam programas para a transformação de jovens com e sem motivação na esperança de impedir que eles se transformem em psicopatas.

Sociopatia x Psicopatia

Muitos psicólogos forenses, psiquiatras e criminologistas usam os termos sociopata e psicopata de forma intercambiável. Os principais tópicos são discordar sobre as diferenças entre as duas condições. Há muitas diferenças e mais entre elas.  
A quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (DSM-5), divulgação da Associação Americana de Psiquiatria em 2013, lista tanto sociopatia quanto psicopática sob o título de Transtorno de Personalidade Anti-social. Esses distúrbios compartilham muitos traços de comportamentos comuns que levam à confusão entre eles. Os traços-chave que as sociopatas e os psicopatas têm em comum incluem:
  • Um desrespeito pelas leis e costumes sociais;
  • Um desrespeito pelos direitos dos outros;
  • A falta de remorso ou culpa;
  • Uma tendência para o comportamento violento;
Além disso, as sociopatas e os psicopatas são responsáveis ​​pelos comportamentos comportamentais únicos.

Sociopatas

As sociopatas tendem a estar nervosos e facilmente agitados. Eles são voláteis e propensos a explosões emocionais, incluindo ataques de raiva. É possível que não sejam educados e vivam as margens da sociedade, incapazes de manter um emprego estável ou ficar em um lugar por muito tempo. É difícil, mas não é impossível para os sociopatas formar grupos com os outros. Muitos sociopatas podem formar um conjunto de ações ou grupos, embora não tenham sido incluídos em uma sociedade em geral ou suas regras. Nos olhos dos outros, os sociopatas parecerão muito perturbados. Qualquer crime cometido por um sociopata, incluindo o assassinato, um homem casual, desorganizado e espontâneo, em vez de planejado.

Psicopatas

Os psicopatas, por outro lado, são incapazes de formar vínculos emocionais ou sentirem-se empatados com os outros, enquanto eles têm muitas personalidades sedutoras ou mesmo charmosas. Os psicopatas são muito manipuladores e podem facilmente exportar uma confiança das pessoas. Eles aprendem a imitar como emoções, como a incapacidade de sentir-se e a afinidade em pessoas desavisadas. Os psicopatas são muitas vezes bem educados e são mais vagáveis ​​estáveis. A chance e a capacidade de processar, anular e suspender os relacionamentos de longo prazo, sem ser que eles têm um interesse por sua própria natureza.

Comportamentos observados em Psicopatas

Boa lábia

O psicopata é bem articulado e ótimo marketeiro pessoal. Como um ator em cena, conquistando a bajulando e contando as histórias de mirabolantes de si. Comédia de palavras difíceis, se passa por sociólogo, médico, filósofo, escritor, artista ou advogado.

Ego inflado

Ele é o cara mais importante do mundo. Seguro de si, cheio de opinião, dominador. Adora ter poder sobre as pessoas e as atitudes que nenhum palpite vale tanto quanto suas ideias. 

Mentiroso patológico

Mente que as vezes não é uma conta de que está mentindo. Tem o orgulho de sua capacidade de fazer. Para o, o mundo é feito de caças e predadores, e não é o sentido não se aproveitar da boa-fé dos mais fracos. 

Sede por adrenalina

Não tolera monotonia, e dificilmente fica encostado num trabalho repetitivo ou num casamento. Precisa viver da navalha, quebrando regras. Alguns se aventuram em rachas, outros nas drogas, e uma minoria, sem crime. 

Reação estourada

Reage desproporcionalmente a um insulto, frustração e ameaça. Mas o que pode ser tão rápido quanto vem, e o logo volta a se tornar uma pessoa tão bem sucedida?

Impulsividade

Ritual, não perde tempo pesando prós e contras antes de agir. Se estiver com vontade de algo, vai lá e conserve os obstáculos do caminho. Se passar a vontade, larga tudo. Seu plano é o dia de hoje. 

Comportamento Antissocial

Regras sociais não fazem sentido para quem é movido somente pelo prazer, indiferente ao próximo. Os que são criminosos em geral não têm vantagem: gostam de assistir todo tipo de crime. 

Ausência de culpa

Por onde passa, deixa bolsos vazios e corações partidos. Mas por que se sentir mal se o dor é outro, e não dele? Para o psicopata, a culpa é apenas um mecanismo para controle como pessoas. 

Sentimentos superficiais

Emoção existe em palavras. Se namorar, será pelo tesão e pelo poder sobre o outro, não por amor. Se perder um amigo, não ficar triste, mas frustrado por ter uma fonte de favores a menos.

Falta de empatia

Não é possível se colocar no lugar do próximo. Para o psicopata, pessoas não são mais que objetos para usar para seu próprio prazer. Não ama: se chegar a casar-se aos filhos, vai ter uma família como posse, não como entes queridos. 

Irresponsabilidade

Compromisso não lhe diz nada - é um ser mau funcionário, amante infiel e pai relapso. Porém, como a família e os amigos são fonte de status e bens materiais, para cada mancada já tem uma pronta pronta: “Eu mudei. Isso nunca vai acontecer de novo ”.

Má conduta na infância

Os problemas aparecem cedo. Já começa a roubar, usar drogas, matar aulas e ter sucesso entre 10 e 12 anos. Para sua maldade, não poupa coleguinhas, irmãos nem animais.

Como identificar uma Psicopatia

Quando falamos de psicopatia, estamos falando de um espectro. Ela pode ser identificada ou diagnosticada através da utilização de uma lista de verificação de 20 itens, desenvolvida por um psicólogo canadense chamado Robert D. Hare. Hare é especialista em psicologia criminal e psicopatia, tendo escrito obras importantes como “Psicologia das Investigações Criminais”. De acordo com o checklist idealizado por Hare, o limiar para a psicopatia clínica é feito através de uma pontuação de 30 ou mais. A anatomia do cérebro, o gene eo ambiente de uma pessoa podem contribuir para o desenvolvimento de traços psicopáticos.

Escala de Robert Hare

Uma escala de Robert Hare é uma lista de verificação para psicopatia, também chamada de Escala de Lebre. No teste, o termo psicológico e a classificação em 20 critérios, como “promíscuo sexual” ou “impulsividade”. Em cada critério, o tema é classificado em uma escala de 3 pontos: (0 item não se aplica, 1 = item se aplica um pouco, 2 = item ideal se aplica). As pontuações são somadas para criar uma classificação de zero a 40 pontos.
Em 1991 criou o método de avaliação para diagnosticar os graus de psicopatia de uma pessoa e identificou os critérios hoje universalmente aceitos para diagnosticar os portadores de transtorno de personalidade. Ele foi desenhado para ser capaz de manter segura e objetiva o grau de periculosidade e de adaptação à vida comunitária de condenados, e os países que sofreram o índice de redução da criminalidade. Escala Hare PCL-R (Psycopathy Checklist Revised) foi traduzida e validada no Brasil.

O teste

O teste é seguido para o seu grau de psicopatia. Este teste foi baseado em Escala de Robert Hare, o maior especialista no assunto. Esta escala é usada por psiquiatras, portanto, tente respondê-la como você realmente é, porque o caso é contrário o resultado pode não ser agradável.
  1. Você tem “excesso de brilho” ou charme superficial
  2. Você tem um excesso de autoestima
  3. Você precisa da estimulação constante, não gosta da monotonia e tem propensão ao tédio
  4. Você é um mentiroso patológico, dos que sentem orgulho de pessoas
  5. Você está sempre manipulando
  6. Você apresenta total falta de remorso ou culpa
  7. Você possui “afeto superficial” ou “sentimentos superficiais”
  8. Você é insensível ou possui falta de empatia
  9. Você tem um estilo de vida parasita, está sempre tirando o dos outros
  10. Você tem grande dificuldade em controlar suas atitudes
  11. Você tem um histórico de comportamento sexual?
  12. Você tem um histórico de problemas comportamentais na infância
  13. Você não possui objetivos reais de longo prazo
  14. Você é excessivamente impulsivo
  15. Você tem um alto nível de irresponsabilidade
  16. Você não assume a responsabilidade por suas ações, coloca sempre uma culpa em outras pessoas.
  17. Aconselhamos que “conjugais” de curto prazo
  18. Você tem um histórico de delinquência juvenil
  19. Já experimentou uma revogação de liberdade condicional
  20. Você exibe “versatilidade criminal”

Resultado

Se você recebeu mais de 30 pontos, então você pode ser um psicopata. Você classificou menos do que isso, respire. Você é normal!

A Psicopatia nas telas

Mindhunter, série original Netflix, que traz um último mês de outubro, traz uma psicopatia para as telas mais uma vez. O seriado, that se passa no final da década de 1970, mostra dois agentes do FBI investigando uma mente de assassinos em série e psicopatas.

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Entre 1970 e 1980, os crimes cometidos contra os crimes violentos nos Estados Unidos passaram a ser objeto de estudo do FBI, que buscava o entendimento dos gatilhos e motivações dos criminosos. O material coletado pelo trabalho de ativação dos agentes especiais foi o principal causador da violência psicológica no mundo, que deu origem ao livro  : “O Primeiro Caçador de Serial Killers Americano”  (publicado no Brasil pela Intrínseca).
No passado, os filmes como  Seven  (1995), Hannibal (2001) e  Os Homens que Não Amavam as Mulheres  (2011) também apresentaram o comportamento de psicopatas e assassinos em série. E quem não se lembra do personagem Coringa, originado nos quadrinhos do Batman?  
Psicopatia Hannibal lecter
Hannibal Lecter é um personagem célebre interpretado por Anthony Hopkins


Fonte: https://www.vittude.com/blog/psicopatia-como-identificar-um-psicopata/

segunda-feira, 23 de abril de 2018

O cérebro de um psicopata

A psicopatia ou transtorno de personalidade antissocial é um dos transtornos mais devastadores que existem. Seu prejuízo se direciona, sobretudo, aos que estão próximos e que são alvos do psicopata. Seu comportamento caracteriza-se principalmente por uma propensão à desinibição, comportamento impulsivo somado à insensibilidade emocional e não percepção das consequências de seu comportamento sobre outros indivíduos (Checkley, 1941).

Uma conclusão um tanto pessimista a qual vários estudos vem chegado é que o quadro não é revertido nem atenuado através do engajamento em terapia. Muitas vezes, ainda, os psicopatas podem se valer do discurso aprendido com o terapeuta para incrementar ainda mais suas mentiras e engodos (Garrido, 1995; Seto, 1999).
Isso indica que a necessidade de estudos na área é grande, já que a elucidação do funcionamento e das causas da psicopatia ainda não estão claros o bastante. Nesse panorama, pensando em outros transtornos também, os estudos neurológicos possibilitados pela atual tecnologia vem acrescentando muito ao corpo teórico de psicólogos e psiquiatras.

A biologia do psicopata

Esses estudos vem sugerindo que a psicopatia, de fato, possui um substrato neural caraterístico (Blair, 2006; Kiehl, 2006) e também um forte componente hereditário (Larsson, 2006).
Os estudos do cérebro desses sujeitos antissociais acrescentam muito aos modelos teóricos que explicam o transtorno, mas mesmo com essas evidências, a complexidade delas acaba guiando os estudos a várias conclusões diferentes – e complementares em muitos casos – sobre a sua causa. Entre as inúmeras teorias, destacarei as dos já citados Blair e Kiehl (Para ter um panorama geral dos outros modelos, ver Anderson & Kiehl, 2012).

A participação da amígdala

Blair enfatiza bastante a participação da amígdala no comportamento. Esta é uma estrutura que se localiza no sistema límbico do cérebro, área mais antiga evolutivamente falando e que se relaciona com respostas bem primitivas do organismo, no que tange à sobrevivência.
Como já foi mencionado em outros artigos no Ibralc, o medo é uma emoção intimamente ligada à essa região, relacionando-se às respostas do organismo frente a estímulos ambientais ameaçadores. Também está relacionada à expressão de outras emoções.
amígdalas em vermelho
Exames de ressonância magnética funcional (fMRI, na sigla em inglês) vêm mostrando que realmente há um funcionamento anormal na hemodinâmica da amígdala (Kiehl, 2001). Ao que tudo indica, a estrutura no cérebro dos psicopatas funciona diferente numa série de situações.
Foi relatado, por exemplo, num estudo, que a amígdala possui uma ativação muito inferior ao nível normal quando esses indivíduos visualizam imagens que indicam violação de regras morais (Harenski, 2010) ou mesmo de imagens chocantes, como amputações (Harenski, 2009).
No que concerne às expressões faciais, o mesmo ocorre. Num estudo de 2009, por exemplo, Dolan demonstrou que, através da fMRI, indivíduos que se encaixam no critério para a psicopatia revelam uma expressão amigdalítica muito mais baixa que a do grupo controle ao observar expressões faciais de medo.
Boccardi (2011) ano passado teve um estudo publicado, no qual encontrou indícios de que essa baixa expressão da estrutura estaria relacionada à reduzidos níveis de massa cinzenta no local; em outras palavras, a região basolateral da estrutura teria um tamanho significativamente diminuído nos indivíduos estudados, o que resultava em déficits em seu funcionamento.
O curioso – e coerente com outros estudos na área – é que o núcleo basolateral é exatamente a área que mantém conexões com o córtex orbitofrontal, no córtex pré-frontal. Estima-se, atualmente, que a interação entre as duas áreas esteja relacionada à “atualização” do reforço de certos comportamentos relacionados à detecção de ameaças (Phelps & LeDoux, 2005).

O córtex pré-frontal – O que nos torna humanos

Outra área que tem destaque na condição da psicopatia é o córtex pré-frontal. Essa região localiza-se bem atrás da nossa testa e olhos, e está relacionada à uma diversidade de comportamentos tipicamente humanos: tomada de decisão, controle de impulsos (e emoções), racionalidade (apesar de não ser somente essa região ativadas nesses momentos) e etc.
Antes de ferramentas de alta tecnologia serem disponibilizadas para experimentos científicos, já cogitava-se fortemente a hipótese de esse local estar relacionado aos comportamentos dos psicopatas pelo fato de lesões resultarem em comportamentos impulsivos semelhantes aos desses indivíduos (Anderson et al, 2000).
Um caso clássico na literatura médica é o do mineiro Phineas Gage, que ao socar uma barra de ferro contra um buraco cheio de pedras e pólvora – era assim que se abriam minas para se explorar metais preciosos e carvão, no século XIX –  teve a ferramenta arremessada contra seu rosto, perfurando um dos olhos e o córtex pre-frontal, consequentemente.
Córtex pré-frontal destacado
A partir desse dia, Gage nunca mais foi o mesmo. De trabalhador exemplar em comportamento, disciplina e eficiência, passou a ser preguiçoso, relaxado, desbocado e desrespeitoso. Na vida conjugal, de marido fiel e atencioso, virou um relapso parceiro, que traía a esposa e dava em cima de todas as mulheres que via.
Podemos dizer com alto grau de certeza que a lesão prejudicou a capacidade de inibir impulso, tornando o homem alguém totalmente diferente do que era antes. E é exatamente esse o comportamento típico dos psicopatas, apesar de haver um espectro nos níveis de falta de controle sobre os impulsos, claro.
De forma muito interessante, um estudo Koenigs e seus colegas, em 2007, revelou que uma área específica do córtex pré-frontal está especialmente afetada no transtorno: a porção ventromedial. Essa região, segundo o estudo, está relacionada com as decisões morais utilitaristas (Bentham, 2004).   
De forma simplificada, essa filosofia moral baseia-se na princípio de que qualquer ato moral deve ser definido como tal baseado na consequência do mesmo, isto é, sacrificando um em nome de dois, por exemplo. E essa moralidade fria e calculista está bem presente na mentalidade dos psicopatas, bem mais racionais que “emotivos”, digamos assim.
Nesse momento, o leitor deve estar se perguntando: “Mas por que essas informações são importantes? Para que servem?” Bom, primeiramente, eu diria que essa é uma pergunta comum, mas que não leva em conta o fato de que um conhecimento aparentemente inútil hoje pode ser básico amanhã.
Mas, nem de longe essas informações são inúteis. Como já dei dicas ao longo do texto, tais trabalhos ajudam a compor o corpo teórico e experimental fundamental para a melhor compreensão da psicopatia e, consequentemente, chegarmos mais perto de uma intervenção terapêutica efetiva.
Por outro lado, ainda, podemos mais uma vez nos maravilharmos com a complexidade do comportamento humano e com o inescapável diálogo entre biologia e ontogênese, que é essencial para compreendermos de forma rica como se dá a linguagem não-verbal, principalmente no que concerne às expressões faciais.


https://www.youtube.com/watch?v=T1zg5qeLu-4


segunda-feira, 16 de abril de 2018

ultima parte do seminário em vídeo - valor adaptativo

https://www.youtube.com/watch?v=e05_H4kz-TM&feature=youtu.be


segunda e ultima parte do seminário em vídeo descrevendo a seleção natural no processo de valor adaptativo, essa segunda parte não aparece vídeo comigo falando por conta de falta de tempo não pude arranjar um Câmera-Man a tempo então decidi fazer uma especie de podcast para finalizar o trabalho espero que gostem.

domingo, 15 de abril de 2018

primeira parte do seminario em video- Efeito do Fundador


https://www.youtube.com/watch?v=_vIF0SI3tpI&feature=youtu.be


aqui esta a 1° parte do vídeo que fala sobre o que é efeito do fundador, dentro de uma semana já irá sair a segunda parte do vídeo que fala sobre seleção natural , valor adaptativo.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Efeito Fundador e Seleção Natural

Efeito do Fundador


O efeito fundador é um tipo de especiação alopátrica que ocorre em virtude da migração de parte de uma população.

Sabemos que constantemente todos os seres vivos estão sofrendo ação do ambiente em que vivem e que suas características podem ser favoráveis para a vida naquele local ou não. Cada área apresenta diferentes pressões ambientais, sendo assim, uma mesma espécie que vive na Caatinga passará por diferentes situações quando comparada com a mesma espécie no Cerrado, por exemplo.
Essas pressões podem fazer com que as espécies passem a apresentar características diferentes de acordo com o local em que vivem. Isso também poderá ocasionar uma mudança tão grande que gerará um isolamento reprodutivo e, consequentemente, o surgimento de uma nova espécie. Os processos que envolvem a formação de espécies diferentes são chamados de especiação.
Do ponto de vista geográfico, a especiação pode ser classificada em: especiação alopátricasimpátrica e parapátrica. Denominamos de especiação alopátrica quando uma população de uma determinada espécie separa-se espacialmente em razão do surgimento de alguma barreira geográfica que impede sua passagem.
Mayr propôs um tipo diferente de especiação alopátrica, que ele chamou de efeito fundador. Esse tipo de especiação caracteriza-se pela migração de uma pequena parcela de uma população para locais isolados geograficamente e diferentes daqueles ocupados inicialmente pela espécie. Isso faz com que os processos evolutivos atuem de maneira diferente nesse grupo e, consequentemente, poderá levar ao surgimento de uma nova espécie. O efeito fundador é um evento muito comum em casos de colonização de ilhas.
Um detalhe importante a respeito do efeito fundador é que por ser uma pequena parte da população, ela estará mais sujeita à extinção que grandes populações. Entretanto, quando esse grupo é bem-sucedido, o surgimento de uma nova espécie poderá ocorrer de forma mais rápida que em condições normais. A especiação acontece mais rápido, graças à atuação da deriva genética e da seleção natural.
O surgimento de novas espécies de maneira rápida é um dos pontos chaves da teoria do Equilíbrio Pontuado, também chamada de pontualismo. Nessa teoria evolutiva, admite-se que o surgimento de novas espécies não ocorre em virtude de mudanças lentas e graduais, e sim graças a rápidos episódios de especiação, seguidos por grandes períodos em que não ocorre nenhum tipo de modificação (estase). O efeito fundador é, portanto, uma das melhores explicações para essa teoria evolutiva.

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Seleção Natural e Valor Adaptativo

Aptidão, valor adaptativo ou fitness (muitas vezes denotada  em modelos de genética populacional) é um conceito central na teoria da evolução. O valor adaptativo de um fenótipo é uma medida simples de sucesso reprodutivo, onde aqueles que sobrevivem e produzem maior número de prole capaz de se reproduzir, garantem a manutenção do fundo genético da sua população. O valor adaptativo (ou fitness) individual pode ser definido como sendo a proporção do gene de um indivíduo deixado para o fundo genético da próxima geração, ou seja, a contribuição de um indivíduo perante todo o conjunto de genótipos existentes dentro da população em que está inserido.
Os organismos produzem descendência em número maior do que o ambiente é capaz de suportar. Como consequência há uma tendência natural nas populações naturais ao surgimento de uma intensa competição pelo uso de recursos e a reprodução, resultando respetivamente, na seleção natural e seleção sexual.
Os organismos de uma população variam na sua capacidade de competição e consequentemente em seu sucesso reprodutivo (aptidão) em função da variação morfológica, fisiológica ou comportamental existente entre os indivíduos de uma população. Quando essa variação pode ser herdada, um processo de seleção natural ou sexual passa a atuar, favorecendo a manutenção e expansão da característica mais bem adaptada as condições ambientais num determinado momento, ou seja, as características que possuem maior aptidão.
A aptidão é muitas vezes confundida com adaptação, estando apenas relacionados. A adaptação é o caractere fenotípico que confere aptidão. A aptidão de um organismo é geralmente referida em termos genéticos e é mais difícil de ser medida do que um caractere fenotípico como o tamanho corporal, e, por isso, existe um número muito menor de observações na variação do sucesso reprodutivo, do que de observações de variação fenotípica.
O conceito de valor adaptativo de um fenótipo atual é um conceito de caractere numérico, sendo propenso de tratamento aritmético ou estatístico para sua obtenção. Da mesma forma, a intensidade de seleção sobre um determinado fenótipo pode também ser estudada através do mesmo modelo. Embora de difícil acesso, os valores de fitness podem ser calculados através de uma medida relativa da mudança na frequência gênica ao longo das gerações.

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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Manguezais

O manguezal é uma formação vegetal típica de zonas litorâneas, sendo muito comum nos locais em que os rios desembocam no mar. Ele é de fundamental importância para o equilíbrio ambiental e para a manutenção da vida marinha, pois esse bioma abriga uma grande biodiversidade e consiste em um berçário natural para várias espécies marinhas, onde peixes, moluscos e crustáceos se reproduzem e se alimentam.
A mistura das águas dos rios (doce) com as águas do mar (salgada) proporciona um ambiente alagado de fundo lodoso, salobro, com pouca oxigenação e grande quantidade de partículas orgânicas. Conforme sua característica, o manguezal pode ser classificado em: mangue-preto (seriúba), mangue-vermelho (mangueiro) ou mangue-branco (tinteiro).
A vegetação predominante é composta por espécies de troncos finos com raízes aéreas e respiratórias, visto que elas se desenvolvem fora da água. Essa vegetação desempenha função importantíssima no processo de fixação do solo, contribuindo de forma significativa para evitar possíveis erosões.

A fauna dos mangues é representada por peixes, moluscos (caramujos e ostras), crustáceos (camarões e caranguejos) e aves (urubus, gaivotas e garças). Além desses já citados, os manguezais também abrigam milhares de pequenos organismos, que se alimentam dos nutrientes presentes nesse bioma.
Os manguezais ocupam uma área de aproximadamente 10 mil quilômetros quadrados no Brasil, estendendo-se do Amapá a Santa Catarina. No entanto, a degradação desse bioma tem se intensificado, sobretudo em razão do desmatamento, poluição dos rios, lançamento de esgoto residencial e industrial, derramamento de petróleo e construção de residências em áreas de mangue.

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terça-feira, 3 de abril de 2018

Conjuntivite

O que é conjuntivite?

A conjuntivite é uma doença ocular que causa inflamação da conjuntiva e na esclera (parte branca do olho), uma membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e a parte interna das pálpebras.
A inflamação pode afetar um ou os dois olhos, mas é comum que os dois olhos sejam afetados, por conta da proximidade um do outro. Costuma durar entre 1 e 2 semanas, geralmente não causa sequelas e é bem frequente no verão. A conjuntivite pode ser caracterizada como aguda ou crônica.
Os vasos sanguíneos da esclera estão na conjuntiva e, quando inflamada, eles ficam com um aspecto avermelhado.
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Tipos e Causas

Existem seis tipos de conjuntivite mais conhecidas, elas são:
  • Conjuntivite alérgica;
  • Conjuntivite viral;
  • Conjuntivite bacteriana;
  • Conjuntivite fúngica;
  • Conjuntivite gonocócica;
  • Conjuntivite de inclusão.
É sabido que a mais comum das conjuntivites é a viral, seguida da bacteriana. Ambas são transmitidas facilmente entre as pessoas. A terceira mais comum é a conjuntivite alérgica, mas, diferente das outras, não é transmissível de pessoa para pessoa.

Conjuntivite alérgica

A conjuntivite alérgica acontece quando os olhos entram em contato com alguma substância que irrita os olhos. As substâncias que mais causam a reação alérgica aos olhos são: pó, pólen, mofo, pelos de animal, entre outros.
Esse tipo de conjuntivite não é transmissível, portanto não é necessário faltar aula ou trabalho. Também não é preciso utilizar outros objetos, como talheres, roupa de cama e de banho.
Na maioria das vezes, além da conjuntivite alérgica, espirros e coriza também estão presentes, esses últimos causadores de muita coceira.
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Conjuntivite viral

Essa é a forma mais comum de conjuntivite e, geralmente, esse tipo é causado por um vírus conhecido como adenovírus. Sintomas de virose pode ser comum ao ser contaminado, como febre e sintomas parecidos com os de resfriado.
Esse é o tipo de conjuntivite mais transmissível e as pessoas podem se infectar por meio de secreções oculares. Se o paciente encostar nos olhos e logo após tocar em algum objeto e outra pessoa também utilizar o mesmo objeto, ela pode ser infectada.
Mas é importante deixar claro que a doença não é transmitida pelo ar. Não tocar nas mesmas coisas que alguém com a doença já é o bastante para não ser contaminado. Se o paciente estiver com sintomas respiratórios, como tosse e espirro, aí sim o vírus pode ser transmitido. Não pelo ar, mas sim pelas secreções que emitiu.
Esse tipo de conjuntivite começa em um olho e, de 1 a 2 dias, já é transmitida para o outro olho. A doença é curada sozinha, entre 7 a 10 dias o problema é resolvido, sem a necessidade de tratamento. Mas, muitas vezes, o médico pode recomendar colírio para causar menos desconforto.
O contágio pode ser feito durante todo o tempo em que o olho estiver vermelho.

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Conjuntivite bacteriana

Esse tipo de conjuntivite é bem menos comum do que a viral. Há apenas cinco tipos de bactérias que podem acometer aos olhos, e elas são conhecidas como:
  • Streptococcus pneumoniae;
  • Staphylococcus aureus;
  • Moraxella catarrhalis;
  • Pseudomonas aeruginosa;
  • Haemophilus influenzae.
A transmissão se dá através do contato entre secreções, sendo que uma delas precisa estar contaminada. Na conjuntivite bacteriana é necessário o contato pessoal para que a transmissão seja feita. Dividir toalhas e roupas de cama pode ser um fator de risco.
Apesar da conjuntivite ocorrer nos olhos, a secreção pode estar por todas as  partes da pele e apenas um toque é o suficiente para infectar outra pessoa. O uso de colírios com antibiótico na composição é indicado para tratar o problema.

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Conjuntivite fúngica

É rara de acontecer, mas ocorre quando uma pessoa se acidenta com madeira nos olhos ou com lentes de contato.

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Conjuntivite gonocócica

Causada por Neisseria gonorrhoeae, a conjuntivite gonocócica é um tipo de doença sexualmente transmissível. A doença pode ser transmitida na hora do parto e é tratada com antibióticos sistêmicos e oculares. Se não houver tratamento, a infecção gonocócica pode penetrar o olho íntegro e destruí-lo.

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Conjuntivite de inclusão

Causada por Chlamydia trachomatis, um sorotipo D-K que pertence ao trato genital de adultos. A duração desse tipo de conjuntivite é maior e costuma afetar jovens sexualmente ativos. Esse tipo de conjuntivite pode ser tratada com azitromicina ou doxiciclina.

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Distinção de conjuntivite alérgica, viral e bacteriana

Como muitas pessoas tem essa dúvida, abaixo você consegue distinguir as 3 principais (alérgica, viral e bacteriana):
  • Os três tipos de conjuntivite costumam causar secreção nos olhos. Enquanto na bacteriana a secreção é purulenta, na viral e alérgica a secreção costuma ser mais aquosa.
  • Na forma viral, outros sintomas de virose costumam estar presentes, como dor de garganta, espirros, tosse e mal estar.
  • A forma alérgica costuma afetar os dois olhos ao mesmo tempo, enquanto a bacteriana e a viral primeiro afeta um dos olhos e, dias depois, o outro.
  • Linfonodos palpáveis na região posterior das orelhas costumam estar presentes nas formas bacterianas e virais, diferente da alérgica, que não costuma apresentá-los.
O diagnóstico não é fácil de fazer e, muitas vezes, os oftalmologistas erram, dando diversos colírios que possuem antibióticos para conjuntivites que não necessitam, como a viral e a alérgica.

Grupos e fatores de risco

Estar com a imunidade baixa pode ser um fator de risco da conjuntivite. Estar com as mãos sujas, não trocar constantemente as roupas de cama e toalhas também pode facilitar o contato com a doença. Outro fator que pode trazer risco é a predisposição à doenças autoimunes ou virais.
Os grupos mais propensos a terem o problema são:
  • Pessoas alérgicas;
  • Recém-nascidos;
  • Trabalhadores que trabalham com estilhaço de metais e vidros e não utilizam o óculos de proteção;
  • Pessoas que tenham contato com produtos de limpeza;
  • Pessoas que trabalham na manipulação de medicamentos e produtos químicos sem o uso do óculos de proteção.

Sintomas da conjuntivite


  • Olhos vermelhos;
  • Coceira;
  • Pálpebras inchadas;
  • Secreção purulenta, no caso de conjuntivite bacteriana;
  • Secreção esbranquiçada, no caso de conjuntivite viral;
  • Visão borrada;
  • Ao acordar, o paciente tem dificuldade em abrir os olhos;
  • Sentir dor nos olhos ao olhar para lugares com claridade;
  • Sensação de areia nos olhos.

Diagnóstico

O médico especialista em realizar o diagnóstico da conjuntivite é o oftalmologista.
O primeiro passo é descobrir o tipo de conjuntivite (alérgica, bacteriana ou viral).
Para isso, ele um exame conhecido como bomicospia é feito, através de um aparelho que aumenta a imagem, no mínimo, 10 vezes, realizando uma detalhada avaliação. Após isso, o médico, através da instilação de fluoresceína, detecta possíveis lesões na córnea.

Tratamento

O tratamento pode ser feito com compressas embebidas em soro fisiológico e colírios indicados pelo médico, além de ser muito importante limpar os olhos com frequência. É muito importante consultar o médico para fazer o tratamento, pois é ele quem indicará o tipo de conjuntivite e, consequentemente, o tratamento. O uso do colírio correto é fundamental pois existem alguns antiinflamatórios, outros antibacterianos e outros antialérgicos.
Compressas à base de camomila podem acalmar os sintomas da conjuntivite, por evitar a inflamação. Ao aplicar, é importante que seja feito com gaze para filtrar e aplicar em cima do olho.
Lentes de contato não devem ser usadas durante o tratamento. Cuidado especial com a higiene também deve ser redobrado para evitar a evolução da infecção.

Medicamentos para conjuntivite

  • Celergin;
  • Flanax;
  • Asmofen;
  • Celestamine;
  • Hixizine;
  • Maxitrol;
  • Meticorten;
  • Gentamicina;
  • Clordox;
  • Doxiciclina;
  • Fumarato de cetotifeno.
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Colírios para conjuntivite

Existem colírios específicos para cada tipo de conjuntivite. Para as três principais, separamos os mais indicados e utilizados pelos oftalmologistas. Confira:

Conjuntivite viral

  • Moura Brasil;
  • Dunason;
  • Lacril;
  • Cellufresh;
  • Lacribell;
  • Ecofilm;
  • Refresh.

Conjuntivite alérgica

  • Cetotifeno;
  • Decadron;
  • Zaditen.

Conjuntivite bacteriana

  • Biamotil;
  • Flumex;
  • Maxitrol;
  • Cloranfenicol;
  • Dexafenicol;
  • Polipred;
  • Vixmicina
  • Oculum.

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Complicações

Se não for tratada corretamente, lesões e danos na córnea podem ocorrer e até mesmo causar cegueira. É importante proteger os olhos com medidas higiênicas, e não apenas eles, mas as mãos também!
Se mesmo após a indicação de tratamento médico não houver melhora em 7 dias, é necessário voltar ao consultório para que ocorra a reavaliação e, se necessário, a troca de medicamentos.

Prevenção

A melhor forma de prevenção para a conjuntivite, é:
  • Não coçar os olhos;
  • Evitar aglomerações;
  • Lavar as mãos frequentemente;
  • Não utilizar lentes de contato durante o período de tratamento;
  • Evitar banhos de sol;
  • Não frequentar ambientes com bebês;
  • Não compartilhar toalhas, rímel, delineadores ou outro produto de beleza;
  • Trocar fronhas com frequência.

A conjuntivite é muito comum durante a infância e em locais que tenham muita aglomeração. Para que mais pessoas se interem sobre o problema compartilhe esse texto com seus amigos, colegas e familiares!

REFERÊNCIAS :
https://minutosaudavel.com.br/conjuntivite-viral-alergica-e-bacteriana-sintomas-e-colirios/
http://www.hospitaldeolhos.net/especialidades-conjuntivite.asp
https://www.youtube.com/watch?v=Ng1MevUj4Lk